O tempo sempre foi assunto de grande interesse humano, sobretudo porque o tempo, na percepção humana, está diretamente ligado à maior angústia do homem: a consciência da sua finitude, ou seja, o homem sabe que vai morrer e isto é uma questão de tempo, no desenvolvimento natural da vida ou, ainda, por exposição a uma fatalidade.
O meu foco, nesta reflexão, é a Cristologia-Soteriologia do Novo Testamento, considerando que há uma cristologia-soteriologia no Antigo Testamento; e, ainda assim, este foco Cristológico-Soteriológico será de forma, digamos, devocional, sem adentrar nos meandros das intermináveis discursões teológicas em torno da matéria.
O livro tem cinco pequenos capítulos, onde estruturo o conteúdo. Chamando atenção para ao Capítulo IV, na reflexão bíblica dos quatro tempos apresentados. No Chronos, foco Cristologia-Soteriologia, tendo o corte reflexivo na Narrativa da Salvação, e o elemento essencial da reflexão é a encarnação de Cristo. No Kairós, com Cristologia-Eclesiologia, tendo o corte reflexivo na Narrativa da Confirmação, e o elemento essencial a manifestação consciente do Cristo como Messias enviado. O Cristo Enviado é o Cristo que Envia, mas envia por meio da igreja, aqueles chamados de dentro para fora. Este ir por todo mundo só fará sentido se estes que se assumem como Povo de Deus têm, em si mesmos, a expressão exata do ser de Deus, em Cristo, como Aquele, e somente Ele, em quem é possível que os homens sejam salvos, a partir do essencial de Deus: o Verbo se fez carne.